Segundo a informação no site da Genealogia Paulistana do Silva Leme, aqui e a ascendencia nobre dos Antas Moraes
Esta
família teve princípio em Balthazar de Moraes de Antas, que de
Portugal passou a S. Paulo onde casou com Brites Rodrigues Annes f.ª
de Joanne Annes Sobrinho, que de Portugal tinha vindo a esta
capitania trazendo solteiras três filhas, que todas casaram com
pessoas de conhecida nobreza(1).
(1) Pedro Taques, de quem copiamos esta notícia sobre os Antas Moraes e que por sua vez copiou-a do título dos Braganções na livraria de José Freire Monte Arroio Mascarenhas em 1757, descreve a ascendência dos Antas Moraes como segue:
1.º
D. Mendo Alam foi um ilustre cavalheiro, senhor da vila de Bragança,
que depois foi cidade; vivia em tempo de el-rei D. Affonso VI de
Leão, avô de D. Affonso Henriques, primeiro rei de Portugal. Casou
com uma princesa da Armênia, que com el-rei seu pai veio em romaria
a visitar o corpo do apostolo S. Thiago em Compostela. E teve, como
diz o conde D. Pedro e o livro antigo das linhagens, a
2.º
D. Fernando Mendes de Bragança, rico homem, chamado o Velho; sucedeu
a seu pai no senhorio de Bragança, e mais terras, que eram muitas na
província de Trás-os-Montes, entre Bragança e Miranda. Diz o livro
antigo, que esteve na torre do Tombo, e mostra o cronista Brandão,
P. 3.ª liv. 10.º cap. 4.º da Monarquia Lusitana, e liv. 8.º cap.
27, que fora casado com uma filha de el-rei D. Affonso VI de Leão,
de quem tivera:
3.º
D. Mendo Fernandes de Bragança que sucedeu na casa de seu pai e
casou com D. Sancha Viegas de Bayão f.ª de D. Egas Gozende, senhor
de Bayão, e de sua mulher D. Gotina Nunes. Teve:
4.º
D. Fernandes Mendes, rico homem, senhor de Bragança e mais terras de
seu pai; foi chamado o Braganção, e por outro nome o Bravo.
Achou-se com el-rei D. Affonso Henriques em todas as guerras de seu
tempo, e na batalha do campo de Ourique. Casou com D. Theresa
Affonso, filha ilegítima do mesmo rei, que o conde D. Pedro diz, no
título 38, fls. 204, a tirara ao conde D. Sancho Nunes de Barbosa,
de quem era mulher, para lhe aplacar a ira de se rirem dele quando
lhe caiu a nata pelas barbas comendo com el-rei à mesa em Coimbra; o
que Brandão tem por fabuloso, e convém em que foi casado com D.
Sancha Henriques, irmã do mesmo rei D. Affonso Henriques, o que
prova com a escritura que alega no liv. 8.º, cap. 27, part. 3.ª. O
mesmo conde D. Pedro e o cronista Brandão afirmam que não teve dela
filhos, e que, por haver feito doação da cidade de Bragança,
ficara, por sua morte, incorporada na coroa; porém João Baptista
Lavanha, alegando o livro antigo, diz que fora casado com outra
mulher, que Brandão no lugar já citado diz fora D. Theresa Soares,
f.ª de D. Soeiro Mendes o Bom da Maia, e que dele tivera a seu filho
que segue:
5.º
D. Pedro Fernandes o Braganção, que o cronista Brandão chama:
Pedro Fernandes de La Hadra, foi alcaide-mor de Bragança no ano de
1193, em que el-rei de Leão a teve cercada, e o rei D. Sancho I a
foi socorrer, como consta da escritura original do mosteiro de S.
Salvador de Castro Avellães, e a refere José Cardoso Borges nas
noticias de Bragança.
Porque
ocupava algumas fazendas pertencentes à Sé de Braga, o arcebispo D.
João de Peculiar passou carta de excomunhão contra ele, como consta
do livro do cabido da Sé de Braga à fls. 118; e do livro das
inquirições que mandou fazer das honras do reino o sr. rei D.
Affonso III, consta que este D. Pedro Fernandes o Braganção deu à
ordem do hospital a vila e igreja de S. Pedro Velho, e a vila de
Val-maior, que foram de seus avós. O livro antigo diz que casou com
D. Froile Sanches, filha do conde D. Sancho Nunes de Barbosa e de sua
mulher D. Theresa Affonso, filha de el-rei D. Affonso Henriques. E
teve:
6.º
D. Vasco Peres o Beirão, casou com D. Urraca Esteves, filha de
Estevão Annes, senhor do Passo de Antas, no concelho de Coura; e
ficou herdando o mesmo Passo. E teve, como afirma D. Pedro e o livro
antigo, em terceiro filho a:
7.º
João Vasques de Antas, foi senhor da vila de Vimioso. Viveu pelos
anos de 1242. Não se tem notícia de seu casamento, mas sabe-se que
foi seu filho:
8.º
Estevão Annes de Bragança; faz dele memória o conde D. Pedro no
Tit. 34 § 2.º do seu Nobiliário manuscrito. A sua filiação se
prova de um documento que se conserva na câmara de vila de Vimioso,
divisado com o n. 16, que é uma demanda que teve seu neto direito
João Mendes de Moraes com a câmara de Vimioso, que lhe diz impedir
a tapagem de uma herdade que ele tinha junto ao rio Fervença por
cima da ponte das Ferrarias;
e provou nestes autos que era filho de Mendo
Esteves, neto de Estevão Annes de Bragança e bisneto de João
Vasques de Antas, terceiro neto de Vasco Peres o Beirão, de cujos
avós foram aquelas terras, etc. Teve este Estevão Annes o seu filho
segundo:
9.º
Mendo Esteves de Antas, que casou na casa dos Moraes com Ignez
Rodrigues de Moraes, neta de Ruy Martins de Moraes. E teve a:
10.º
Affonso Mendes de Antas, o qual sucedeu no senhorio de Vimioso e de
outras terras a seu tio direito (irmão de seu pai) Gonçalo Esteves,
que foi senhor de Vimioso. Casou com Aldonça Gonçalves de Moreira,
de quem teve o primogênito:
11.º
Mendo Affonso de Antas, sucedeu a seu pai no senhorio de Vimioso, e
foi padroeiro da igreja do concelho de Coura: faleceu sem filho
varão; por cuja razão ficou Vimioso na coroa, e el-rei a deu em
título de condado a D. Francisco de Portugal. Daqui teve origem uma
demanda que pôs Estevão Mendes de Moraes (irmão de Mendo Affonso
de Antas n.º 11) a D. Francisco de Portugal, que correu muitos anos
perante o corregedor da comarca de Vizeu; e por falecer Estevão
Mendes de Moraes antes de decidida a causa, ficou livremente
possuindo Vimioso D. Francisco de Portugal.
Também
D. Antonio Caetano de Sousa no tomo 1.º Liv. 1.º Fls. 205 da
Genealogia da Casa Real Portuguesa confirma o que fica dito, e o
mesmo se encontra nas Coleções da Real Academia de Historia
Portuguesa do acadêmico frei Fernando de Abreu em 22 de Outubro de
1724, em que confirma todo o referido, acrescentando que somente na
alcaidaria-mór de Vimioso ficara Gonçalo Vaz Rego, genro do dito
Mendo Affonso; e não dizem os A. A. com quem casara, mas sabe-se que
teve filhos. Porque em 1575 na vila do Mogadouro, sendo Juiz
ordinário Luiz do Valle, perante ele justificou Belchior de Moraes
de Antas, irmão inteiro de Balthazar de Moraes de Antas, senhor de
Vimioso, e seu último possuidor, porque depois da sua morte passara
à coroa, sendo escrivão dos autos Gaspar Rodrigues Pereira. Pelo
que sabemos que Mendo Affonso teve a : D. N... mulher de Gonçalo Vaz
Rego, que ficou na alcaidaria-mór de Vimioso, e mais a f.ª:
12.º
Izabel Mendes de Antas, casou com Nuno Navarro, como consta do
instrumento de nobilitate probanda de Balthazar e Belchior de Moraes;
pelo qual consta também que de seu matrimônio tiveram:
13.º
Ignez Navarro de Antas que casou com Pedro de Moraes, cavaleiro
fidalgo do chefes Moraes do reino de Portugal da província de
Trás-os-Montes, que era parente da mesma Ignez Navarro, sua mulher.
Este Pedro de Moraes serviu a el-rei em vários empregos nas comarcas
da Beira e de Trás-os-Montes; e foi mamposteiro-mór dos cativos;
e do dito instrumento consta que teve uma
irmã que no ano de 1575 estava casada com Pedro Homem Escudeiro,
morador na vila de Mogadouro. E do mesmo instrumento consta que teve
dito Pedro de Moraes:
14.º
Balthazar de Moraes de Antas (tronco deste apelido em S. Paulo) que
em 11 de Setembro de 1579, perante o Juiz Amador do Valle, de
Mogadouro, sendo escrivão dos autos o tabelião Gaspar Teixeira,
justificou a sua fraternidade por pai e mãe com Belchior de Moraes
de Antas para se aproveitar do instrumento que a este se tinha
passado. Assim se julgou de que se deu ao dito Balthazar de Moraes o
seu instrumento autêntico, o qual o fez reconhecer em 1579 pelos
escrivães de Mogadouro, Monxagate, Torre de Moncorvo, Mirandella, e
Villa Pouca de Aguiar. E na cidade do Porto justificou por Índia e
Mina dito instrumento em 1579; o mesmo fez em 1580 na cidade do
Funchal e nesse mesmo ano justificou o instrumento e fez reconhecer
os sinais dele na cidade da Bahia por Cosme Rangel de Macedo, ouvidor
geral de toda a costa do Brasil. Balthazar de Moraes de Antas teve
uma irmã casada com o sargento-mor José Alvares Meirelles,
cavaleiro fidalgo da casa do Sr. D. Antonio, e morador no Mogadouro
pelos anos de 1575: irmão também de Belchior de Moraes de Antas de
quem fizemos menção.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mendo_Alão - Search Research Notes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mendo_Alão - Search Research Notes
Nenhum comentário:
Postar um comentário